quinta-feira, 15 de março de 2012

CARTA AOS SENADORES



Salvador, BA, 08 de março de 2012.






Exmos. Srs.

Exmas. Sras.

Senadores (as)

Do Congresso Nacional Brasileiro

Paz e Bem.





Hoje em que se comemora o dia da mulher, venho em nome dos 93% dos brasileiros e brasileiras que são contra o aborto e à favor da vida desde a sua concepção até à morte natural; pois não se pode tirar a vida humana, conforme o a lei maior, que a lei de Deus: NÃO MATARÁS; e também conforme o artigo quinto da Constituição Federal do Brasil que defende a inviolabilidade da vida; e em conformidade com o pacto de São José da Costa Rica em que o Brasil foi signatário, posicionando-se à favor da vida e contra o aborto.

Nestes termos solicito do Congresso Nacional, representado pelos Senhores e Senhoras eleitos pelo povo brasileiro, que estejam em sintonia com este vosso eleitorado que deseja que os Senhores e Senhoras elaborem a reforma do Código Penal Brasileiro, permitindo que continue a contemplar a inviolabilidade da vida, não aprovando o aborto nem a eutanásia.

Este é o desejo dos 93% dos Brasileiros e Brasileiras.



Atenciosamente.



Frei Severino Fernandes de Sousa, OFM

e-mail: freiseverinofs@gmail.com





ENDEREÇO DE E-MAILS; TELEFONE E FAX; DOS SENADORES

PARA VOCÊ DEMONSTRAR SUA INSATISFAÇÃO

PELO PROJETO DE LEI DO ABORTO E DA EUTANÁSIA

QUE TRAMITA NO CONGRESSO NACIONAL BRASILEIRO.



============================================



6. MAILS DOS SENADORES DA COMISSÃO DE

CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA



============================================



eunicio.oliveira@senador.gov.br;

gab.josepimentel@senado.gov.br; martasuplicy@senadora.gov.br;

pedrotaques@senador.gov.br; jorgeviana.acre@senador.gov.br;

antoniocarlosvaladares@senador.gov.br;

inacioarruda@senador.gov.br; simon@senador.gov.br;

romero.juca@senador.gov.br; vital.rego@senador.gov.br;

renan.calheiros@senador.gov.br; luizhenrique@senador.gov.br;

francisco.dornelles@senador.gov.br;

sergiopetecao@senador.gov.br; aecio.neves@senador.gov.br;

aloysionunes.ferreira@senador.gov.br;

alvarodias@senador.gov.br; demostenes.torres@senador.gov.br;

armando.monteiro@senador.gov.br; gim.argello@senador.gov.br;

magnomalta@senador.gov.br; randolfe.rodrigues@senador.gov.br;



======================================================



7. MAILS, TELEFONES E FAXES DOS

SENADORES DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO,

JUSTIÇA E CIDADANIA



======================================================



PRESIDENTE: SENADOR EUNÍCIO OLIVEIRA

PMDB-CEARÁ



TELEFONES: (61) 3303-6245



FAX: (61) 3303-6253



eunicio.oliveira@senador.gov.br



---------------------------------------------------------------------------------------



VICE-PRESIDENTE: SENADOR JOSÉ

PIMENTEL PT-CEARÁ



TELEFONES: (61) 3303-6390/6391



FAX: 3303-6394



gab.josepimentel@senado.gov.br



---------------------------------------------------------------------------------------



MARTA SUPLICY PT-SÃO PAULO



TELEFONES: (61) 3303-6510



FAX: (61) 3303-6515



martasuplicy@senadora.gov.br



---------------------------------------------------------------------------------------



PEDRO TAQUES PDT- MATO GROSSO



TELEFONES: (61) 3303-6550 E 3303-6551



FAX: (61) 3303-6554



pedrotaques@senador.gov.br



---------------------------------------------------------------------------------------



JORGE VIANA PT-ACRE



TELEFONES: (61) 3303-6366 E 3303-6367



FAX: (61) 3303-6374



jorgeviana.acre@senador.gov.br



---------------------------------------------------------------------------------------



ANTONIO CARLOS VALADARES PSB-SERGIPE



TELEFONES: (61) 3303-2201 A 2206



FAX: (61) 3303-1786



antoniocarlosvaladares@senador.gov.br



---------------------------------------------------------------------------------------



INÁCIO ARRUDA PC DO B-CEARÁ



TELEFONES: (61) 3303-5791/5793



FAX: (61) 3303-5798



inacioarruda@senador.gov.br



---------------------------------------------------------------------------------------



PEDRO SIMON PMDB-RIO GRANDE DO SUL



TELEFONES: (61) 3303-3232



FAX: (61) 3303-1304



simon@senador.gov.br



---------------------------------------------------------------------------------------



ROMERO JUCÁ PMDB-RORAIMA



TELEFONES: (61) 3303-2111 A 2117



FAX: (61) 3303-1653



romero.juca@senador.gov.br



---------------------------------------------------------------------------------------



VITAL DO RÊGO PMDB-PARAÍBA



TELEFONES: (61) 3303-6747



FAX: (61) 3303-6753



vital.rego@senador.gov.br



---------------------------------------------------------------------------------------



RENAN CALHEIROS PMDB-ALAGOAS



TELEFONES: (61) 3303-2261/2263



FAX: (61) 3303-1695



renan.calheiros@senador.gov.br



---------------------------------------------------------------------------------------



LUIZ HENRIQUE PMDB-SANTA CATARINA



TELEFONES: (61) 3303-6446/6447



FAX: (61) 3303-6454



luizhenrique@senador.gov.br



---------------------------------------------------------------------------------------



FRANCISCO DORNELLES PP-RIO DE JANEIRO



TELEFONES: (61)-3303-4229



FAX: (61) 3303-2896



francisco.dornelles@senador.gov.br



---------------------------------------------------------------------------------------



SÉRGIO PETECÃO PSD-ACRE



TELEFONES: (61) 3303-6706 A 6713



FAX: (61) 3303.6714



sergiopetecao@senador.gov.br



---------------------------------------------------------------------------------------



AÉCIO NEVES PSDB-MINAS GERAIS



TELEFONES: (61) 3303-6049/6050



FAX: (61) 3303-6051



aecio.neves@senador.gov.br



---------------------------------------------------------------------------------------



ALOYSIO NUNES FERREIRA PSDB-SÃO PAULO



TELEFONES: (61) 3303-6063/6064



FAX: (61) 3303-6071



aloysionunes.ferreira@senador.gov.br



---------------------------------------------------------------------------------------



ALVARO DIAS PSDB-PARANÁ



TELEFONES: (61) 3303-4059/4060



FAX: (61) 3303-2941



alvarodias@senador.gov.br



---------------------------------------------------------------------------------------



DEMÓSTENES TORRES DEM-GOIÁS



TELEFONES: (61) 3303-2091 a 2099



FAX: (61) 3303-2964



demostenes.torres@senador.gov.br



---------------------------------------------------------------------------------------



ARMANDO MONTEIRO PTB-PERNAMBUCO



TELEFONES: (61) 3303 6124 E 3303 6125



FAX: (61) 3303 6132



armando.monteiro@senador.gov.br



---------------------------------------------------------------------------------------



GIM ARGELLO PTB-DISTRITO FEDERAL



TELEFONES: (61) 3303-1161/3303-1547



FAX: (61) 3303-1650



gim.argello@senador.gov.br



---------------------------------------------------------------------------------------



MAGNO MALTA PR-ESPÍRITO SANTO



TELEFONES: (61) 3303-4161/5867



FAX: (61) 3303-1656



magnomalta@senador.gov.br



---------------------------------------------------------------------------------------



RANDOLFE RODRIGUES PSOL-AMAPÁ



TELEFONES: (61) 3303-6568



FAX: (61) 3303-6574



randolfe.rodrigues@senador.gov.br

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

OS DEZ PONTOS DA NOVA EVANGELIZAÇÃO




Salvador, 5 de dezembro de 2011




Prezados amigos

Prezadas amigas

Paz e Bem.



Gostaria de comunicar a todos vocês, sobretudo aos Missionários e às Missionárias da Paróquia de São Miguel de Cotegipe, OS DEZ MANDAMENTOS DA NOVA EVANGELIZAÇÃO NO BRASIL.



1) Nova Evangelização: com novo ardor

2) Nova Evangelização: com novos métodos

3) Nova Evangelização: com novas expressões

4) Nova Evangelização: no primeiro anúncio que é: você é amado por Deus

5) Nova Evangelização: destinada a formar comunidades cristãs maduras

6) Nova Evangelização: evangelizar-se para evangelizar

7) Nova Evangelização: evangelizar pelo amor ao próximo concretamente (obras de misericórdia.

8) Nova Evangelização: pelo testemunho do amor recíproco

9) Nova Evangelização: mirando à santidade

10) Nova Evangelização: pelo anuncio da Palavra



Como a nossa Paróquia de São Miguel de Cotegipe está em clima de SANTAS MISSÕES até a próxima festa do nosso Padroeiro São Miguel, que será em setembro do próximo ano; mas que, como a pedido do nosso Pároco Pe. Alex o espírito missionário deve ser sempre, e cada católico deve estar sempre em missão, eis os dez mandamentos da Nova Evangelização que também servirá para nós missionários.

Feliz Natal para cada um de vocês.



Frei Severino.

terça-feira, 24 de maio de 2011

TEMOS A PRIMEIRA BEATA DA BAHIA



Irmã Dulce é beatificada em Salvador


Cerimônia religiosa teve presença de presidente Dilma Rousseff, tucano José Serra, os Governadores: da Bahia, Jackes Wagener, de São Paulo, Geraldo Alckmim; do Presidente do Senado José Sarney, do Presidente da Câmara dos Deputados Estaduais da Bahia, Nilo, do Prefeito de Salvador, Joao Henrique, os deputados federais tucanos Antônio Imbassahy e Jutahy Júnior .....
No campo religioso a cerimônia contou com a presença do Núncio Apóstoloco do Brasil, também se fez presente o Arcebispo de Salvador, Dom Murilo, e mais de trinta Arcebispos e Bispos, além dos 600 Padres, e muitos Relikgiosos, Religioosas, Diáconos e Seminaristas.


A religiosa baiana Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, conhecida como Irmã Dulce (1914-1992), foi beatificada em cerimônia neste domingo, 22 de maio de 2011, em Salvador.Conhecida como “anjo bom da Bahia” em razão de seu trabalho assistencial, Irmã Dulce passa a ostentar a denominação de Bem-Aventurada Dulce dos Pobres. Com a beatificação, fica a um passo de receber o título de santa pela Igreja Católica Apostólica Romana, principal ramo do catolicismo no País.

A beatificação é a etapa que antecede a canonização - o título de santa será concedido caso haja comprovação, com aval do Vaticano, de mais um milagre atribuído à religiosa. O beato é tido pelo Vaticano como exemplo para fiéis católicos pelo mundo.

Em outubro de 2010, o Vaticano reconheceu o primeiro milagre intercedido por Irmã Dulce, cujos detalhes foram divulgados na semana passada. A freira teria motivado a recuperação de uma mulher sergipana, desenganada após sofrer 28 horas de hemorragia durante o parto.

Para a Igreja Católica, uma graça é considerada milagre se atender a quatro pontos: instantaneidade (graça alcançada logo após o pedido), perfeição (atendimento completo do pedido), durabilidade e permanência e não-explicação pela ciência.

Cerimônia sob chuva

A celebração deste domingo, sob chuva forte em alguns momentos, reuniu milhares de católicos no parque de exposições de Salvador. Começou as 14 horas, com uma apresentação artística. A missa teve início por as 17 horas, com cerca de 600 Padres, mais de trinta arcebispos e bispos, e muitos diáconos; Religiosos e Religiosas e seminaristas.

A beatificação se confirmou com a leitura de carta do Papa Bento XVI que inscreveu Irmã Dulce na relação dos beatos da Igreja Católica. Houve ainda o anúncio da data de 13 de agosto como dia de celebração da festa litúrgica da nova beata Irmã Dulce.

Com a beatificação de irmã Dulce, o Brasil passa a contar com cerca de 70 beatos, candidatos potenciais a santos. Considerada a maior nação católica do mundo, com 73% da população católica pelo Censo 2000, o Brasil tem apenas um santo nascido no País, o Frei Galvão (1739-1822), canonizado em 2007 pelo papa Bento XVI
Dilma confirmou presença na sexta-feira e ficou em uma tenda coberta.

O Papa Bento XVI deu sequência à linha de seu antecessor, João Paulo 2º (1920-2005), beatificado No dia primeiro deste mês e que fez da proclamação de Santos uma forma de evangelização. “O Brasil precisa de santos, muitos santos”, dissera o Papa João Paulo II.

Políticos marcaram presença

A beatificação da freira também recebeu políticos governistas e da oposição. A presidente Dilma Rousseff (PT), em sua primeira viagem após pneumonia diagnosticada no final de abril, chegou ao local da missa por volta das 17h10, acompanhada pelo governador da Bahia, Jaques Wagner (PT).

Em outubro de 2009, quando ainda era pré-candidata à Presidência, a então ministra da Casa Civil visitou a sede da entidade filantrópica fundada por irmã Dulce em Salvador. Em junho de 2010, durante ato que confirmou sua candidatura à reeleição.

Na cerimônia desde domingo, Dilma se sentou em uma tenda coberta, ao lado do Governador Jacles Wagner e do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A estrutura foi montada de última hora para abrigar a presidente, que confirmou presença somente na sexta-feira, 20 de maio.
O ex-governador José Serra teve que usar uma capa de chuva

Em outro ponto da celebração, sob chuva, ficou o candidato do PSDB na última eleição presidencial, José Serra. Ao lado dos deputados federais tucanos Antônio Imbassahy e Jutahy Júnior em área ampla reservada a convidados, Serra não se encontrou com Dilma e teve que usar uma capa de plástico durante momentos da cerimônia.

A presidente Dilma não falou com a imprensa durante a passagem por Salvador. Deixou o parque de exposições às 19h25, sob forte chuva e ainda durante os últimos cânticos da missa, e seguiu para Brasília.

A ESTRUTURA PARA A FELICIDADE PÚBLICA.




Prefeitura monta esquema especial para beatificação de Irmã Dulce


Serviços envolvem as áreas de limpeza, saúde, segurança, transporte e ordenamento e fiscalização de ambulantes
A Prefeitura do Salvador montou um esquema especial para atender o público de 70 mil baianos e turistas que participam neste domingo, 22 de maio de 2011, da cerimônia de Beatificação de Irmã Dulce, a partir das 12 horas, no Parque de Exposições de Salvador.

Os serviços envolvem as áreas de limpeza, saúde, segurança, transporte e ordenamento e fiscalização de ambulantes. O evento exigiu uma operação exclusiva da Transalvador.

A Samu esteve presente com três postos médicos volantes e duas ambulâncias. Já a Limpurb vai instalar 750 sanitários químicos e 50 coletores de armazenagem de lixo. A Secretaria de Serviços Públicos (Sesp) atuou na fiscalização de ambulantes. A Guarda Municipal contou com 72 agentes para garantir mais tranquilidade aos participantes. 700 policiais militares.

A estrutura dos três postos médicos volantes da Samu foi utilizada pelas equipes das Obras Sociais de Irmã Dulce (Osid) para atendimento ao público. As ambulâncias ficaram à disposição tanto para assistência básica, como para transporte de pacientes, garantindo mais tranqüilidade aos participantes do evento.

Além de instalar sanitários químicos e coletores de lixo, a Limpurb também atuou na cerimônia com serviço de varrição e catação no sábado e no domingo. A cada dia, haverá 40 agentes da limpeza trabalhando no local, sendo que um grupo de 20 atuou pela manhã e o restante, no turno da tarde.

O PAPA BENTO XVI E O ANJO BOM DA BAHIA.


Bento XVI fala No balcão na Praça de São Pedro, no Vaticano


Falando em português, o papa se referiu à beatificação no sábado em Lisboa da madre Maria Clara do Menino Jesus e à neste domingo na cidade de Salvador, no estado da Bahia, da Irmã Dulce. "Desejo também unir-me à alegria dos pastores e fiéis reunidos em Salvador, Brasil, para a beatificação da irmã Dulce, que deixou sua marca de caridade ao serviço destes últimos, fazendo com que todo o Brasil visse nela 'a mãe dos desamparados'."

"A fé em Jesus significa acompanhá-lo diariamente, nas ações singelas do dia (...) Só pouco a pouco ele constrói na grande história da humanidade 'sua' história", afirmou o pontífice aos cidadão a partir do balcão na Praça de São Pedro do Vaticano durante a reza, que substitui o Ângelus na Páscoa.

Jesus "se transforma em homem, mas de um modo no qual pôde ser ignorado por seus contemporâneos, pelas forças autorizadas da história. Padece e morre e, como ressuscitado, quer chegar à humanidade só através da fé dos seus, aos quais se manifesta", acrescentou.

Durante este quinto domingo de Páscoa, Bento 16 afirmou que crer em Deus e em Jesus não são dois fatos separados, mas um "único ato de fé". "O filho de Deus, com sua encarnação, morte e ressurreição, nos libertou da escravidão do pecado para dar-nos a liberdade dos filhos de Deus e fez-nos conhecer o rosto de Deus que é amor: Deus pode ser visto, é visível em Cristo", afirmou.

Beatificação

Um grande evento que deve contar com mais de 70 mil pessoas, ter apresentações artísticas e a presença da presidenta Dilma Rousseff (PT) marca neste domingo, em Salvador, a cerimônia de beatificação da religiosa baiana Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce (1914-1992), que passa a ser conhecida como Bem-Aventurada Dulce dos Pobres.

Nascida em 26 de maio de 1914 em Salvador e batizada como Maria Rita Lopes Pontes, a religiosa, da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, pode se transformar na primeira santa nascida no Brasil, o país com o maior número de católicos do mundo.

TESTEMUNHO ELOQUENTE.


Tinha muita gente na porta do hospital Santo Antônio, mas ainda assim ela me viu e me chamou. A partir desse momento nunca mais faltou nada na minha vida. Tudo o que sou hoje eu devo a Irmã Dulce"


Marlene Teles

VOCAÇÃO DA BEATA IRMÃ DULCE PARA O SERVIÇO DOS POBRES.



IRMÃ DULCE, O ANJO BOM DA BAHIA




GAETANO PASSARELLI



APRECIAÇÃO DE FREI HUGO FRAGOSO



O Livro de Gaetano Passarelli, “IRMÃ DULCE, O ANJHO BOM DA BAHIA”, é um livro de agradável leitura. É um livro “gostoso”, como se diria na linguagem popular. E por ser “gostoso”, a gente tem vontade de lê-lo de um só “trago”.

O autor soube aliar um estilo agradável a uma profusa documentação histórica. Se a obra não obedece aos cânones de uma tese acadêmica, nem por isso, deixa de ser uma obra científica.

Dizer que o estilo de Passarelli é “romanceado”, não é inteiramente exato, pois, “romance” na acepção costumeira, tem a conotação de “obra fantasiosa”. O que não se dá com o livro de Passarelli. O que na realidade ele expressa é um estilo “vivenciado”, ou seja, ele toma os documentos mortos e dispersos pelos vários arquivos, e lhes “dá vida”, fazendo-os mover-se na trama da narração, que até parece um “filme”, cujas cenas desfilassem sob os nossos olhos.

E através de toda essa seqüência de fatos, há um “fio condutor”, que acompanha a narração da vida de Ir. Dulce, desde os seus anos de infância e adolescência, até sua carta-testamento, quando ela pressentia a aproximação do seu fim. Esse fio condutor é uma VOCAÇÃO PARA ESTAR A SERVIÇO DOS POBRES. O amor aos pobres foi para Irmã Dulce, antes de tudo, uma herança familiar, sobretudo paterna. Foi nesse caldo cultural, de serviço aos pobres, que ela teve sua infância e adolescência, a imprimir todo um direcionamento à sua vida. E foi dentro dessa atmosfera de sensibilidade caritativa , que ela foi fazendo a descoberta da pobreza, em sua realidade chocante, como uma “navalha na carne”, a torturar seus irmãos e irmãs desvalidos.

Tal descoberta significou, ao mesmo tempo, um chamado de Deus, como o fora para Francisco de Assis a descoberta do Cristo excluído, no irmão leproso.

Coincidentemente, tanto a freqüência à igreja de S. Francisco, quanto sua aproximação com as Irmãs Franciscanas do Convento do Desterro, a levaram na direção do exemplo de Francisco de Assis. Uma vida toda a serviço dos pobres se consumou com sua entrada na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, cujo carisma fundamental, inspirado no Poverello de Assis, era a evangelização entre os mais necessitados.

Foi nessa caminhada vocacional que Irmã Dulce se encontrou com Frei Hildebrando Kruthaup, o qual desde menina ela adotara como seu confessor.

Era o encontro do “coração” (Ir. Dulce) com o “cérebro” (Fr.Hildebrando). Tal encontro, de um lado, significou uma complementação para Irmã Dulce; mas, por outro lado, não deixaria de suscitar um certo desencontro. Pois, Irmã Dulce sempre irá raciocinar com o “coração”, e não com o “cérebro” da lógica hildebrandiana.

Esse modo de ser de Irmã Dulce se tornou bem perceptível, na ocasião em que ela foi, como freira nova, destinada ao Colégio Santa Bernardete. A própria Madre Provincial assim se expressou sobre Irmã Dulce: “Acredito que ela tenha apenas um pensamento: sair do Colégio para andar, entre esses barracos e recolher as crianças, para fazer o bem e ajudar as pessoas, por caridade!..mas na escola é um desastre!” (p. 69). É que a escola era o espaço do “cérebro”, e os barracos, o espaço do “coração”.

A estrela de Irmã Dulce irá ofuscar, em grande parte, o brilho do gênio de Frei Hildebrando, embora tenha esse propiciado a Irmã Dulce um candelabro especial, sem o qual o brilho da estrela da Mãe dos Pobres, talvez não tivesse conseguido atingir o mesmo horizonte de publicidade. Mas no coração do nosso povo brasileiro, a linguagem do “coração” tem mais ressonância que a linguagem do “cérebro”.

É de justiça, porém, reconhecer não somente a herança de um grande coração, que foi Irmã Dulce, mas também o legado de Fr. Hildebrando, que não tinha outro “pensamento”, que a promoção do nosso povo pobre. Um dia, talvez, se faça na Bahia a justiça devida àquele, que lhe consagrou toda a sua existência...

Mas, voltemos ao contexto da união dos empreendimentos de Ir. Dulce e de Frei Hildebrando, ou seja, a fusão da União Operária com a obra social de Frei Hildebrando, que resultou no Círculo Operário da Bahia. Sustenta Passarelli que à Irmã Dulce o que “interessava era ter carta branca e dispor de meios para ajudar aqueles que dela necessitavam” (p. 93).

Não me parece ter sido expressa com exatidão a assertiva de que o “hibridismo” entre as obras do Anjo Bom da Bahia e do gênio empreendedor de Frei Hildebrando, tenha decorrido do fato de que Irmã Dulce tinha por objetivo a “ação”, e não o “comando”. Pois, ambos visavam a “ação”, mas cada qual a seu modo. E o “comando” era exercido em forma patriarcal, por Frei Hildebrando, e em forma “matriarcal” por Irmã Dulce; mais ainda, quando Frei Hildebrando se afastou do Círculo Operário. Essa forma matriarcal de comando era sentida, mediante uma presença, a impregnar de amor e respeitabilidade toda a obra que ela gerara de suas entranhas. Simplesmente não se concebia qualquer tentativa de delimitar o âmbito de sua ação maternal, dentro do Círculo Operário.

O autor afirma, à página 181(por ocasião do conflito entre o Círculo Operário e Frei Hildebrando), que “a sua atitude inclinada a ratificar o verdadeiro poder do assistente eclesiástico anulava também o seu carisma de fundador”. É de lembrar, porém, que estavam em conflito toda uma mentalidade clericalista de Igreja, onde o clérigo tinha praticamente o poder de decisão nas associações consideradas “eclesiásticas” – e uma nova mentalidade, suscitada sobretudo pela Ação Católica, dando aos leigos participação nas decisões sobre a realidade em que eles atuavam. Representantes da primeira mentalidade eram Frei Hildebrando e Frei Romano Voglmaier; representantes da segunda eram Frei Joaquim da Silva e Frei Gil de Almeida Bonfim, imbuídos que estavam no ideal da Juventude Operária Católica.

Com exatidão, porém, é afirmado, a seguir, que o raio de ação de Irmã Dulce era a “pobreza” e a “miséria”. De forma que ela, embora trabalhando no Círculo Operário da Bahia, nunca assimilou como sua ação específica “a organização operária” .

O horizonte mental de Irmã Dulce não alcançava as grandes estruturas sociais, pois, sua percepção estava voltada para os “efeitos”, que atingiam as pessoas concretas, esmagadas pela pobreza e miséria. Ela assim percebia os operários, como bem chegou a afirmar: “Os operários são como os pobres. Se, na realidade, não têm trabalho, não fazem parte da classe dos pobres?” (p. 88).

Lembro-me que na década de setenta, fazia eu um levantamento de opinião no meio universitário, sobre o problema das vocações religiosas. Uma das perguntas assim era formulada: ”Você acha que os frades e freiras têm compreensão pelo sofrimento do povo?” – A resposta foi quase unânime: “Sensibilidade, sim; compreensão, não!” E assim explicitavam eles: Os frades e freiras têm “sensibilidade” pelo sofrimento do povo, pois, por sua formação religiosa, não podem ver um doente, que logo não se apressem em colocar um esparadrapo sobre a sua ferida. Mas, falta-lhes a “compreensão” das causas profundas daquela ferida, causas essas com as quais tantas vezes eles próprios são coniventes.

Essas causas profundas da ferida social, que como “uma navalha na carne” atormentavam os pobres, não caíam no horizonte visual de Irmã Dulce.

Ao assumir o Círculo Operário, como espaço de sua “ação caritativa”, Irmã Dulce tinha o horizonte visual da Rerum Novarum, que era a visão do Círculo Operário de então. Dentro dessa visão, o problema social era visto sob o prisma de uma “família empresarial”, constituída de patrões e operários. A Igreja devia estimular a “harmonia” entre ambos, e jamais a “luta de classes”. Para os homens de Igreja “com a cabeça feita” pela Rerum Novarum , era inconcebível admitir-se que a “luta de classes” não era um perigo futuro a ser evitado, mas uma realidade histórica, estruturada e legalizada dentro do sistema econômico capitalista.

A visão social de Irmã Dulce não passou da Rerum Novarum. A Mater et Magistra, ou a Populorum Progressio, não tiveram ressonância no horizonte de sua percepção.

De forma que, assim poderíamos resumir a visão social de Irmã Dulce. VISÃO PERRSONALISTA é o prisma de todo o seu horizonte social. Ela bem significativamente afirmava: “Para mim, o pobre, o doente, aquele que sofre, o abandonado, é a imagem de Cristo” (p. 108). Seu olhar, sensível a todo irmão esmagado pela dor, não alcançava que essa imagem de Cristo estava empobrecida e abandonada, por causas bem concretas. Sua percepção não via que essa imagem de Deus era injustiçada e esmagada por estruturas sociais, que Puebla classificava de “estruturas pecaminosas”.

Essa visão personalista foi por ela bem expressa, nos começos de sua atividade apostólica: ”A experiência lhe mostrou que...fazia-se necessária uma ação minuciosa com cada um deles [trabalhadores], interessar-se pela sua vida, pela sua família, pelas suas necessidades...” (p. 80). Era essa linguagem do coração que se impunha primeiramente, pois, sem essa abordagem inicial, ”era totalmente inútil falar de fé ou de direitos dos trabalhadores ou da dignidade do homem”.

Quando criticada pela prática do assistencialismo, ela respondia dizendo: “Muitas pessoas afirmam que eu faço mal em proteger e defender os pobres...desamparados irmãos pobres!...só quem convive diariamente com eles pode avaliar o quanto sofrem, o quanto necessitam da palavra de Deus, de uma mão amiga que se estenda em direção às suas. Eles hoje estão morrendo, e não sabemos se estarão vivos num amanhã, quando conseguirmos aquilo que é, sem dúvida alguma, um sacrossanto objetivo” (p. 88-89). Era como se dissesse: Quem está com fome hoje, mata a fome com pão hoje! Quem está enfermo hoje, deve hoje ser tratado. Pois, projetos de transformação de estruturas, embora sendo “um sacrossanto objetivo”, devem ficar para amanhã...

Esse personalismo da visão social de Irmã Dulce, envolvia também mobilizar outras pessoas, pois, como escreve Passarelli, interpretando o pensamento de Irmã Dulce: “A seara era muito grande e implicava envolver outras pessoas” (p. 86). E no envolvimento dessas outras pessoas - sobretudo “pessoas de posses” - usava ela a linguagem do coração, e não a do cérebro. Para Irmã Dulce o “capitalista” não era encarado como detentor de estruturas econômicas, a esmagarem os pobres, mas como pessoas, que podem ser convencidas a ajudar os pobres. No mundo mental de Irmã Dulce não havia lugar, como dissemos atrás, para a “luta de classes”, nem mesmo para “a nobre luta”, de que falava o Papa João Paulo II, em alocução aqui no Brasil..

Essa linguagem de coração para coração é bem expressa por Passarelli, nestes termos: ”A flor [que costumava levar na sacola], o sorriso e as palavras, mas, principalmente, a ação de Dulce, fazia com que as pessoas e as instituições contribuíssem” (p. 197).

Nesse método personalista e nessa abordagem com o coração, “Dulce não reclamava de ninguém, todos são bons para ela” (p. 218). “Tudo que puder ajudar a obra, eu considero bom” (p. 232).

E finalmente esse seu modo de agir personalista encontra um coroamento final em sua carta-testamento, dirigida ao banqueiro Ângelo Calmon de Sá (15/02/1984), onde Irmã Dulce declara: ”Entrego às suas mãos generosas e ao seu bondoso coração os nossos doentes, os nossos pobres, as nossas crianças” (p. 234). Irmã Dulce entrega ao banqueiro, não simplesmente sua “obra”, como uma instituição impessoal, mas lhe confia as pessoas dos doentes, dos pobres e das crianças. E lhe faz um pedido, para que “procure na medida do possível manter nas suas mentes [das pessoas co-responsáveis] e despertar nos seus corações a chama do sacrifício, e da doação àqueles que nos estão confiados”! (p. 235).

Dentro desse visão personalista e desse raciocinar com o coração, Irmã Dulce deixa pouco ou nenhum espaço para a linguagem da “justiça”. Justiça lhe parece mais uma linguagem do “cérebro”, e não do coração, cujo idioma é o “amor”. Seu horizonte visual não alcançava a dimensão da Justiça, de que falava o Papa João Paulo II, dirigindo-se ao clero de Roma: ”A Justiça é a própria caridade em forma de exigência”.

De igual modo, não alcançava Irmã Dulce a dimensão de uma “ação política”, a não ser como política partidária, que ela rejeitava categoricamente. Ela não chegou a assimilar o sentido abrangente de “política”, como interesse pelo bem comum, que é um dever de todo cidadão. Ou melhor, para o seu raio de ação, o “interesse pelo bem comum” se expressava na ajuda aos pobres, e se os políticos ajudavam seus pobres, então estavam cuidando do “bem comum”. Mais além desse horizonte, não chegava o alcance de sua visão.

Diz Passarelli que Irmã Dulce atuava “fora de qualquer lógica partidária e política” (p.113). E explicita que ela “possuía uma mentalidade prática e muito pouco teórica, isenta de qualquer tendência político-partidária e ideológica. Seu objetivo era apenas um: ajudar os necessitados, imediatamente e de maneira mais eficaz” (p. 136). Aliás, diga-se de passagem, Irmã Dulce estava longe dos vários sentidos de “ideologia”, usados na linguagem dos bispos latino-americanos em Puebla.

E a própria Irmã Dulce culmina: ”Eu não entro na área política, não tenho tempo para me ocupar com as implicações partidárias. O meu partido é a pobreza” (p. 136). Ela, no entanto, chegou a perceber que sua candura e inocência poderiam ser instrumentalizadas por políticos interesseiros. Por isso, afirma resolutamente: “Eu só não gosto quando usam meu nome para orquestrar simpatias” (p. 136).

Uma instrumentalização de sua atividade caritativa se deu, por exemplo, quando procuraram usar seu nome como antítese á ação profética daqueles bispos, de que fala Passarelli, à página 196: “A Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros fez duras críticas aos métodos utilizados pelo regime e por uma parte conspícua da Igreja, e, dirigida pelo novo arcebispo de Olinda e Recife, D. Hélder Câmara, posicionou-se a favor dos protestos dos operários-estudantes, surgindo, assim, os primeiros padres e religiosos subversivos nas prisões”. Irmã Dulce não demonstra em toda documentação apresentada por Passarelli, nenhuma ressonância a tal instrumentalização.

Aliás, teria sido conveniente um aprofundamento da posição de Irmã Dulce, face a toda uma Igreja profética, que justamente por ser profética, era contestada pelos detentores do poder político e econômico, na longa noite de angústia da Ditadura Militar. Tudo indica que Irmã Dulce concentrava-se em seu “instrumento” pessoal, dentro da grande orquestra dos que se dedicavam ao problema social. Não era dominada pela preocupação de harmonizar seu instrumento (serviço caritativo) com outros instrumentos, como o da “justiça do Reino” . Aliás, todo o contexto parece indicar que ela não tinha uma visão muito clara do conjunto da orquestra.

De igual modo teria sido bom explicitar as palavras de Tereza de Calcutá, esquivando-se a um trabalho conjunto com Irmã Dulce: ”Eu desejo trabalhar para os pobres, mas sem responsabilidade financeira” (p. 229).

De tudo que dissemos, podemos sintetizar que Irmã Dulce em sua atividade caritativa, estava mergulhada num problema cuja dimensão ultrapassava seu horizonte de “consciência possível”. O problema social era um problema que angustiava toda a Igreja, em cujo âmbito Irmã Dulce desenvolvia sua atividade caritativa. Não podemos restringir-nos apenas ao horizonte visual de Irmã Dulce, na limitação de sua “consciência possível”. Daí, não podermos apresentá-la simplesmente como “o modelo”, em detrimento de toda uma Igreja profética.

Claro que na Igreja deve sempre haver lugar para um pluralismo pastoral e teológico. E eu acrescentaria, que até houve lugar para um pluralismo “magisterial”. Pluralismo, que deve ter sua leitura, dentro do princípio de Santo Agostinho, assumido pelo Vaticano II: “No essencial haja unidade; nas coisas opináveis, haja liberdade; em tudo haja caridade”. E expressão máxima desse pluralismo “magisterial” foi a beatificação simultânea de Pio IX, representante lídimo de um “fechamento” de Igreja, e de João XXIII, expressão eloqüente de “abertura” eclesiástica.